É comum nos dias de hoje uma grande parte de jovens e adultos que tenham algum tempo ocioso começarem a questionar as suas vidas, ou os seus momentos, e concluírem que estão com tédio, infelizes, depressivos ou algo semelhante.
As pessoas que mantém-se ocupadas na maior parte do dia em geral não sofrem tanto este tipo de sintoma, uma vez que levam boa parte de suas vidas em piloto automático. Mesmo assim podem vir a ter crises pontuais.
O que nos leva à tal situação ? Já escrevi em outros posts sobre o comportamento de animais colocados em ambientes não apropriados para o seu convívio. O homem também é um animal, portanto a princípio deveria sofrer sintomas decorrentes de sua insatisfação, muitas vezes inconsciente, associada ao contexto em que vive.
Mas o homem mesmo sendo um animal, também é ou deveria ser racional. Através de sua racionalidade ele poderia lutar pela mudança do contexto, tornando-o favorável. Mas poderia também procurar ver a vida por outro ângulo, libertando-se dos conceitos sociais que são inoculados em nossas mentes desde que nascemos, e que acabam por levar-nos ao que somos hoje.
A sociedade para nos manter de pé vivendo em função dela, disponibiliza "drogas" que proporcionam uma pseudo felicidade pontual, temporária e volátil, que quando passa o efeito o indivíduo retorna à sua situação anterior. Estas "drogas" podem ser desde narcóticos no sentido literal da palavra, assim como jogo, futebol, álcool, carnaval, samba, paixão, religião, etc. Se o indivíduo não "acordar", viverá desta forma até o fim de seus dias, com ciclos contínuos de muitos momentos nulos ou depressivos, alternados com pequenas alegrias.
Empiricamente pode-se observar que a terceira lei de Newton também se aplica diretamente em nossas vidas. A harmonização com o universo (pensamentos positivos, fazer o bem às pessoas, ao planeta, animais, ao todo), irá gerar uma "energia positiva" de mesma natureza em sua direção. Isso não é sonho, utopia nem magia. Mas se ao contrário disso você prejudicar a vida de alguém, provavelmente ficará marcado em sua mente e isso poderá um dia retornar de alguma forma, seja a nível material, psíquico ou espiritual.
A resposta que procuramos está bem na frente de nossos olhos. Basta liberar as emoções e sensibilidade, olhar e harmonizar-se com o universo que está ao nosso redor. A nossa vida por si só já é um presente. As emoções, sentimentos, as pequenas visões, aromas, pessoas, plantas, animais… Temos um universo infinito, que nos cerca e pulsa, como um organismo vivo que está por toda parte, disponível para a nossa compreensão e integração.
As experiências que passamos, desde as mais simplórias, são sempre únicas. Pertencem exclusivamente ao indivíduo que a vivenciou. Ao longo da vida acumulamos inúmeras experiências que estiveram presentes em diversas fases que vivemos, e ocasionaram a nossa evolução.
Talvez alguns leitores não estejam visualizando onde quero chegar com isso. Acreditem ou não, nós fomos "projetados" para sermos felizes. E a felicidade está em alcançar o amor em sua plenitude, em sentido amplo, desprendido de egoísmo, poder e materialismo.
Procure libertar-se de sentimentos não construtivos tais como a inveja, o egoísmo, o ódio, o desamor, o desejo de vingança, a super valorização de bens materiais. Evite julgar ao próximo, ou tentar crescer através do rebaixamento de outra pessoa.
A proposição de muitas religiões podem parecer paradoxais em uma primeira visão, como por exemplo a oração de São Francisco quando diz "é dando que se recebe", "é perdoando que se é perdoado"… Por que paradoxais ? Porque se o indivíduo pensar em realizar tais atos a fim de buscar "receber", "ser perdoado", ou algum outro benefício pessoal, ele não terá compreendido a essência destas palavras. Da mesma forma, quando as religiões espíritas pregam que o indivíduo deve fazer o bem para alcançar a sua evolução espiritual, embora esta afirmação pareça a princípio óbvia, é necessário algo a mais.
O amor deve ser sempre gratuito e unilateral, sem a preocupação de evoluir, receber, ser perdoado, gratificado, ou ir para o "céu". É este amor ao próximo gratuito, a caridade pura, a compreensão do amor em sentido amplo, é que nos levam a atingir a felicidade em sua plenitude.
“Being happy doesn't mean that everything is perfect. It means that you've decided to look beyond the imperfections.”
“We tend to forget that happiness doesn't come as a result of getting something we don't have, but rather of recognizing and appreciating what we do have.” ~Frederick Keonig
Denise Frossard, arivedete Brasile!
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Quem lê meu blog, percebe que volta e meia eu falo da ex-juíza e
ex-deputada federal Denise Frossard. Falo porque ela é uma figura *sui
generes* , alegre...
Há um ano