domingo, 31 de julho de 2011

Ser ou Não Ser... (parte 2)


Desde que o homem se entende como gente, e começa a refletir sobre o seu verdadeiro "eu", ele acaba descobrindo que pouco sabe não apenas sobre si mesmo, mas a respeito de todo o universo que o cerca.

A tendência natural dos indivíduos que nascem em uma dada conjuntura é acreditar que aquele contexto é a sua verdade. Desde que nascem, são educados e catequizados para que os Dogmas, axiomas, princípios éticos, morais, religiosos, profissionais entre outros sejam compreendidos e absorvidos completamente.

Porém o ser humano não nasceu para ser um robot, embora seja isso que a conjuntura espera de cada um. A idéia é formar trabalhadores que contribuam para a alimentação do sistema, submetendo-se por completo às suas regras, a fim de beneficiar principalmente aos grupos que detém o poder.

O homem nasce livre, com a mente límpida e pura. Com o passar dos anos ela vai evoluindo, mas ao mesmo tempo adaptando-se ao contexto em que vive. A discrepância entre os seus instintos primários e as regras estabelecidas pela conjuntura leva o indivíduo a apresentar comportamentos diversos para adaptar-se ao meio.

Todos somos diferentes, temos "essências" diferentes. A individualidade de cada um combinada com a forma da criação e o contexto em que vive irão definir a sua personalidade e comportamento.

O que ser, ou o que não ser ? Na verdade optar por não ser algo acaba levando o indivíduo a ser uma outra coisa, mesmo que através de uma negação. Ou seja, o não ser também é ser.

Com a personalidade formada, o homem passa a representar personagens diante das diferentes situações que surgem em seu caminho. Cada um tem a sua história, que o levou a ser como é no presente. Esta história irá influenciá-lo diretamente em suas atitudes, postura, perspectivas, e até mesmo na sua auto-confiança.

Através da representação destes personagens o indivíduo tenta mascarar a sua essência, buscando assim de acordo com a sua visão mais chances de sucesso seja profissional, social ou  emocional. Em muitos casos esta representação é tão intensa que ele chega a enganar a si próprio a ponto de acreditar que aquele personagem é a sua verdade. Em situações extremas alguns indivíduos chegam a desenvolver quadros psicológicos patológicos como a psicose.

Quanto mais o contexto em que a pessoa está integrada diverge dos seus instintos naturais, maior é o esforço para a adaptação. Para isso é necessária a criação em sua mente de idéias, axiomas e justificativas que dêem suporte à submissão. Por exemplo, algumas religiões chegam a alertar para possíveis punições aos indivíduos que não seguem os seus ensinamentos (não ir para o céu, pecados, não ser salvo, etc). Muitos com receio de receber tais punições submetem-se a acreditar que aquilo é a sua verdade, às vezes chegando a ponto de enganar a si próprio.

Quanto mais dura a aceitação das regras e do contexto em que vive, mais mecanismos de defesa são acionados na sua mente a fim de garantir alguma perspectiva de estabilidade naquela situação. Muitas vezes para tal a pessoa cria frágeis alicerces mentais, que quando são abalados por algum fato novo podem quebrar-se e ela vir a achar que o seu mundo "caiu" ou até mesmo entrar em depressão.

Na verdade o que todos buscamos é uma forma para vivermos em harmonia e felizes, seja lá qual for o contexto. Tanto que para isso chegamos a ponto de representarmos personagens que muitas vezes não têm nada a ver com o nosso verdadeiro "eu", o que de alguma forma irá gerar instabilidade.

Seja lá qual for o objetivo que se deseja alcançar o primeiro passo é ser SEMPRE, em qualquer circunstância, 100% sincero consigo mesmo, por mais esdrúxulo ou politicamente incorreto que pareça ser o seu pensamento. A partir de então você poderá começar a compreender melhor a si próprio, os seus instintos mais primários, e saber o que realmente gosta ou deseja. Com base em tais conhecimentos torna-se possível avaliar se alguma coisa deve mudar em você ou em sua vida, mas sempre baseado na sua verdade, sem máscaras ou mentiras. Ninguém a não ser nós mesmos tem o direito de reprimir-nos e tirar a nossa liberdade e felicidade.

Ser ou Não Ser... (parte 1)

"If you don’t like how things are, change it! You’re not a tree." ~Jim Rohn
"The only way to deal with an unfree world is to become so absolutely free that your very existence is an act of rebellion." ~Albert Camus

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sonhos


No mundo dos sonhos, lá estava eu. Viajando por imagens obscuras, que de repente tornam-se claras, assim como em um trem fantasma, e uma nova estória inicia. Uma micro estória. Novas emoções, sensações, tristezas, surpresas… Dentre as surpresas, surgem portais, que nos levam a outras estórias, vinculadas por estreitos laços. Faça sentido ou não, assim viajamos, e sonhamos. E acordamos, para um outro sonho, e novas estórias, e emoções.

Uma nova manhã inicia. O sol nasce, e vai lentamente entrando pela minha janela e batendo nos meus olhos, fechados. Um sonho termina. E outro começa, ou recomeça. Tudo passa como em um piscar de olhos, como a própria vida. E o renascimento.

Nossas estórias e sonhos são interligados. As emoções vão e vêm. Momentos de empolgação e alegria alternam-se com decepções e tristezas, como um flash. Ondas de ventos levam e trazem as emoções. Os nossos caminhos que hoje parecem delineados, amanhã podem vir a estar apagados, ou indeterminados.

Um ancião, nos últimos instantes de vida, percebe que tudo passou como um sopro. Toda uma vida como se tivesse percorrida em segundos. O tempo… Uma limitação difícil de ser compreendida, imposta aos animais. Decifrar o tempo, é ou não uma questão de tempo ? Existem universos paralelos em outras dimensões ? Como teria sido a nossa vida se em um dado momento tivéssemos seguido o caminho A, B, ou C ? Estamos nós vivendo em uma instância dentre outras infinitas ? O entendimento do todo ainda está muito além da nossa capacidade de compreensão. O homem é como um bebê, engatinhando diante deste misterioso universo em que fomos colocados.

Aqui estamos para viver, aprender, experimentar. Com humildade e perseverança. Às vezes somos levados a crer que não estamos sozinhos neste universo. Parece que existe algo a mais. Uma força que nos ergue quando passamos por momentos conturbados. Mas para isso é necessário acreditarmos na nossa sensibilidade. Há quem questione a fé. Define-se a fé como o ato de acreditar incondicionalmente em algo que não se pode provar que é real. Por exemplo pode-se ter fé que dias melhores virão.

Embora não se possa provar cientificamente, podemos ser levados a crer empiricamente que a mentalização, a fé, a oração, nos levam a uma conexão com algo maior, desconhecido. E se for feita uma análise estatística, nota-se que um grande volume de pessoas espalhadas pelo mundo, seja lá em que acreditem, mas que recorrem a este tipo de "conexão energética", conseguem obter bons frutos. Seja coincidência ou não, isso é fato. Simplesmente nos fecharmos ao ínfimo e limitado conhecimento alcançado até hoje pelo homem, rejeitando a novos horizontes e perspectivas é no mínimo uma posição igualmente limitada e não inteligente.

No fundo, todos procuramos uma resposta: decifrar o mistério da vida. A vida é um sonho, que passa como um raio de luz. Se estamos aqui, deve haver alguma razão de ser, ou não… Mas considerando que exista a possibilidade de haver, por que não vivê-la intensamente ? Deixar  passar em branco seria perder uma oportunidade de aprender, e evoluir. Entregar-se ao limbo ou deixar-se dominar por linhas pessimistas ou depressivas de pensamento é estagnar-se e deixar de viver.

Se o nosso sonho está sendo algo maravilhoso, ou mesmo um pesadelo, a vida deve continuar.  Todos os momentos são experiências, e no final tudo terá valido a pena.

"The show must go on…"

quarta-feira, 16 de março de 2011

Devaneios


Em uma cidade perdida lá estava ela em sua pequena casa, andando de um lado para o outro. No meio do tédio ela liga a TV em busca de uma distração para tirá-la daquele estado.

"Terremotos arrasam o Japão. Tsunami atinge o nordeste do continente. Explosão em reator de usina nuclear. Elementos radioativos espalham-se pelo ar..." "Aumenta a criminalidade no Rio de Janeiro." "O polo magnético da Terra está se deslocando cada vez mais rápido na direção da Rússia."

Aquele tédio transforma-se em um sentimento de tristeza e angústia, levando-a a concluir que 21.12.2012 seria mesmo a data do fim do mundo, e que logo chegaria.

A mente humana funciona como um super computador, o qual recebe estímulos externos de tudo que está ao seu redor. Como resposta a estes estímulos surgem os sentimentos, que transcendem o racional. Desta forma, um estímulo pode gerar um sentimento, que poderá liberar substâncias no organismo que levarão a novos estímulos, e sentimentos e assim por diante.

Através de estudos realizados por psicólogos, afirma-se que a personalidade do indivíduo torna-se quase que determinada aos 7 anos de idade. A partir daí as mudanças tornam-se mais difíceis, e quando ocorrem vêm da interação do indivíduo com o meio em que vive, e que nem sempre trazem benefícios. As experiências vivenciadas pelo individuo quando criança deixarão marcas para sempre.

O ser humano nasce com uma essência e instintos, que através de seus primeiros contatos com o mundo irão construindo o seu "Eu", com seus respectivos "algorítmos" de avaliação e mecanismos de defesa.

A mente e o corpo funcionam como uma só unidade. O cérebro possui a função de controlar, porém suas ações geram reações do corpo, que por sua vez realimentam o cérebro para decidir as próximas ações.

A química associada ao corpo de cada pessoa libera diferentes proporções de substâncias que poderão atuar no cérebro e influenciar no seu comportamento. Da mesma forma, pensamentos, sentimentos ou a administração direta de substâncias também influenciam neste processo.

Observa-se assim que o modelo extremamente complexo construído em nossas mentes desde o nascimento, associado à química inerente ao nosso corpo irão determinar a nossa saúde mental.

Dentro da conjuntura atual e o modelo de sociedade em que vivemos, o homem tende a ser fruto deste contexto. Somos levados a viver uma vida baseada nos preceitos sociais e religiosos implantados em nossas mentes desde os nossos primeiros anos de existência. Tais regras e modelo de vida acabam por tornar-se como axiomas, imutáveis e inquestionáveis para grande parte da população. Desta forma, as regras a que somos submetidos buscam enquadrar-nos e aprisionar-nos à conjuntura, trabalhando como servos para alimentá-la mantê-la em funcionamento.

Quando somos crianças, a alegria está sempre presente em nossas vidas. À medida que crescemos, ela vai se afastando pouco a pouco, e acaba por tornar-se ocasional. Podemos tentar sugerir como alguns causadores desta mudança, a submissão ao modelo artificial de sociedade que a conjuntura nos impõe, que junto com a religião através de seus dogmas e proibições vão privando grande parte da liberdade que foi concedida ao homem através do seu nascimento, a limitação das opções de vida (o que fazer ?), assim como as marcas que vão surgindo no decorrer da nossa existência.

Afinal, o que nos torna tristes, com tédio, desânimo, depressivos ou pessimistas com relação à vida ? Os psiquiatras dizem que a depressão que é considerada uma das doenças do século e atinge um percentual elevado da população mundial é causada pela ausência de substâncias no corpo, e que pode ser resolvida com a administração de medicamentos. Mas será essa alteração química apenas uma deficiência fisiológica, uma falha de projeto do ser humano, ou uma consequência de tudo que foi mencionado acima e algo mais ?

Não existe uma resposta cientificamente comprovada para esta questão. Porém não existe uma corrente social a favor da liberdade, felicidade e alegria. Pelo contrário, o que vemos é uma midia com 99% de suas notícias envolvendo desgraça, roubo, assassinatos ou mesmo dando pretextos ao governo para justificar suas medidas hipócritas e repressivas.

Sentimentos ou pensamentos ruins geram uma energia negativa, a qual irá levar a outros pensamentos ruins e assim por diante. Desta forma, por exemplo quando assistimos a um noticiário de uma emissora de TV com grande audiência, considerando que 99% de suas noticias são ruins, naquele intervalo de tempo inúmeras pessoas canalizaram energia negativa.

Para reverter este quadro aparentemente sombrio é importante iniciarmos um processo de mudança. É necessário acreditar que é possível, e ao invés de alimentar sementes pessimistas temos que plantar e cultivar correntes positivas. Quando focamos em algo ruim, a tendência é entrarmos em um espiral de pensamentos negativos que vão nos levando a um poço sem fim, até atingirmos um estado depressivo. Tendo esta consciência, devemos procurar evitar entrar neste espiral, sempre buscando soluções ou alternativas, mesmo que seja algo simples como: "amanhã será um novo dia...", e a vida continua. Enquanto há vida, há esperança. Se recebemos esta oportunidade de viver, que a façamos intensamente, com amor, fé, liberdade e perseverança. É acreditando que poderemos juntos construir um mundo melhor. Mais justo, coerente, livre, e alimentado por amor e harmonia entre os homens.


“Anyone who trades liberty for security deserves neither liberty nor security.” ~Benjamin Franklin

“Individually, we are one drop. Together, we are an ocean.” ~Ryunosuke Satoro

quinta-feira, 10 de março de 2011

Prá Dizer Adeus - Titãs

Você apareceu do nada
E você mexeu demais comigo
Não quero ser só mais um amigo
Você nunca me viu sozinho
E você nunca me ouviu chorar
Não dá prá imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Prá dizer adeus
Prá dizer jamais
Às vezes fico assim pensando
Essa distância é tão ruim
Porque você não vem prá mim?
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis chamar
Não dá prá imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Prá dizer adeus
Prá dizer jamais
Eu já fiquei tão mal sozinho
Eu já tentei, eu quis...
Não dá prá imaginar quando
É cedo ou tarde demais
Prá dizer adeus
Prá dizer jamais
É cedo ou tarde demais...





Composição: Tony Belotto

quinta-feira, 3 de março de 2011

Adeus Viola...


Ontem mais um amigo e pai de família foi assassinado nas ruas do Rio de Janeiro, desta vez durante um assalto em Ipanema, na zona sul da cidade.

O foco do governo e prefeitura não é proteger a população de crimes, colocando inclusive a inútil guarda municipal que só serve para nos agredir, multar e extorquir para fazer algo decente, mas criar blitz para a repressão e multagem de motoristas a fim de aumentar a arrecadação. Só não ve quem não quer.

O Rio de hoje, com a máscara de uma cidade bonita e bem cuidada, está pior do que sempre esteve. As autoridades além de continuarem fazendo pouco caso para a segurança pública, entupiram o Rio de fiscalização e Blitz para a multagem e punição de cidadãos, através de uma operação hipócrita e fascista denominada "Choque de Ordem".

A prefeitura investiu em homens-câmera para prender quem faz xixi na rua.

Civis tem sido desapropriados pela prefeitura sem receber indenização. A minha empregada por exemplo acordou com tratores em sua porta para derrubar a sua casa e a de dezenas de famílias. Quem se recusasse a sair de casa ou reagisse era retirado com violência pela polícia e guarda municipal, a qual ameaçava de derrubar as casas com as pessoas dentro.

Camelôs tem sido frequentemente agredidos, perseguidos e roubados pela guarda municipal.

Somos quase que diariamente abordados, extorquidos e roubados através de blitz e multagem, enquanto os verdadeiros criminosos ficam livres por ai nos assaltando e matando impunemente.

A cada vez que chove um pouco mais a população sofre com enchentes e desabamentos.

Muitas pessoas acham que está tudo ótimo e progredindo, até serem assaltadas ou terem amigos ou familiares  assassinados. É tudo uma enganação. O governo não está nem ai para o povo, mas apenas para criar mecanismos de aumentar impostos, multas e afins para enriquecerem cada vez mais. Quem acha que o governo faz tudo isso para o bem do povo deve acreditar em contos de fadas.

E o povo continua omisso, passivo e votando nos mesmos caras.

Quem quiser mais informação sobre o assalto aqui vai o  >> link <<

Indústria da Multa - Eu NÃO Aprovo! >> link <<

A Revolução árabe e a revolução Tupiniquim >> link <<


"If the structure does not permit dialogue the structure must be changed." ~Paulo Freire

"The world is not dangerous because of those who do harm but because of those who look at it without doing anything." ~Albert Einstein

terça-feira, 1 de março de 2011

Segurança x Liberdade


Nascemos. Um bebê vem ao mundo com a sua mente pura e límpida. Sua sobrevivência depende exclusivamente da mãe e de seus instintos básicos. Desde os primeiros dias de vida observa-se que o bebê é puro amor, carinho e alegria, sua mente é totalmente livre e sem medo de demonstrar sentimentos.

Crescemos. Com o passar dos anos o bebê torna-se uma criança. Aprende a falar, e começa a compreender o mundo que o cerca.

Desde cedo, a criança é educada e preparada para sobreviver e subsistir no mundo que a espera. Na sociedade ocidental geralmente aprende-se que para vencer na vida é necessário ganhar dinheiro, ser um homem de poderes e de sucesso, para assim poder conquistar os bens que aspira.

Sem perceber, aquele amor e alegria que com ele nasce começam a apagar-se, substituídos pela insaciável e infindável ambição por conquistas materiais. A liberdade de viver e pensar inerente ao ser humano começa a desaparecer gradativamente à medida que o indivíduo vai entregando-se à missão a que foi incumbido, adaptando-se ao modelo de vida projetado pelos mentores da sociedade contemporânea para a garantia da sua continuidade.

Embora para nós hoje em dia pareça ser tudo muito óbvio, correto e natural, os conceitos associados ao modelo desta sociedade à que somos submetidos divergem dos instintos naturais e elementares do ser humano.

A natureza animal aliada à complexa mente humana nos fornece instintos de sobrevivência. Como os bens materiais são limitados, o homem passa a disputar os recursos existentes com os seus semelhantes. O processo de adaptação à este modelo e o tipo de vida ao qual muitas pessoas acabam submetidas podem levar a seqüelas, muitas vezes originadas através de mecanismos de defesa desenvolvidos em suas mentes. Podemos citar alguns exemplos tais como o tédio, a depressão, a violência, diversos transtornos psicanalíticos, entre outros.

Com os problemas acima sem solução, e como a sociedade precisa ser preservada, tornou-se necessária a criação de instituições com o objetivo de reprimir as ações de indivíduos que apresentem conduta em desacordo com o modelo, limitando cada vez mais a liberdade da população como um todo.

Aproveitando este contexto, os líderes passam a criar mecanismos de repressão e punição que ao invés de procurar simplesmente educar a população, estabelecem multas cuja finalidade principal é inflar os cofres públicos. Com mais recursos disponíveis, o líderes têm a possibilidade de desenvolver mais projetos, e por conseguinte criar mecanismos que direta ou indiretamente os tragam vantagens pessoais.

A conclusão deste tema não é simplória, mas cabe uma breve reflexão:

O homem vive em um contexto contrário à sua natureza, mas é forçado a adaptar-se a ele.
Este modelo priva-o de sua liberdade essencial a qual lhe foi concedida ao nascer.
A perda da liberdade leva o homem ao sofrimento, consciente ou inconsciente, ou mesmo a contrair problemas psíquicos.
A subsistência da sociedade depende da submissão de todos às suas regras.
Os governantes aproveitam-se do poder para definirem leis mascaradas por objetivos de dar maior segurança ao povo, mas cujos verdadeiros fins são gerar benefícios próprios, através de mecanismos de punição e multagem à população.

Anyone who trades liberty for security deserves neither liberty nor security.” 
~Benjamin Franklin

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Construindo um Mundo melhor

Desde que nascemos são inoculadas regras e axiomas em nossas mentes de forma a focarmos nossas vidas no sucesso material. Este direcionamento tende a levar-nos à uma insaciável obsessão por riqueza e poder. Com isso as relações humanas tendem a se deturpar. Ao invés de serem regidas pelo amor passam a ser voltadas para interesses. Tais aspirações chegam a ponto de fazerem com que algumas pessoas para sentir-se melhor e superiores passem a desejar inconscientemente a infelicidade alheia.

Os valores básicos e essenciais da vida estão deturpados na conjuntura em que vivemos. Cabe à cada um de nós que tem consciência desta realidade procurar passar ao próximo a sua visão, objetivando a construção em longo prazo de um mundo melhor, mais puro e com mais amor.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quando eu era Criança...


Quando eu era criança, a minha mãe sempre dizia que quando crescesse não gostaria mais das coisas que naquele momento eram tão importantes para mim, que eu mudaria assim como qualquer adulto, e que a minha mente passaria a estar focada em outras direções.

Esta afirmação me intrigava profundamente. Achava que não haveria motivo algum para mudar, já que aquele era o meu verdadeiro "eu", sem máscaras ou fugas. Prontamente eu sempre respondia que não mudaria, e seria sempre a pessoa que estava ali naquele momento. Ela sorria e dizia que isso só o tempo poderia confirmar.

Segundo a biologia, as pessoas nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Mas ao longo deste ciclo muitas coisas acontecem. A pergunta que quase todos fazem é, se vamos morrer por que nascer ? Pra que vivemos ?

O filósofo Descartes criou a famosa frase: "Penso, logo existo". A complexa mente humana, mais poderosa do que o mais moderno computador do mundo possui um diferencial até hoje não explicável: a sua forma de processar as informações não levando em conta apenas dados lógicos, mas sentimentos, emoções, criatividade e uma boa dose de arbitrariedade.

Com todas estas variáveis, os seres humanos tendem a serem diferentes uns dos outros. Porém estudos psicanalíticos demonstram que existem características comuns que podemos perceber entre as pessoas.

O homem recebeu como presente o direito de viver, e a obrigação de cuidar do seu hábitat e dos seres que nos cercam. A ele foi dada liberdade total e irrestrita, e a capacidade de raciocinar, evoluir e reinar no seu universo.

Porém esta livre e poderosa mente humana nasce com uma quantidade limitada de informações, apenas com instintos puros e primários de sobrevivência, e um grande potencial para evolução.

Observa-se que as relações humanas vêm se tornando cada vez mais complexas com o passar do tempo. Desta forma, os instintos naturais de sobrevivência passam a atuar não apenas em aspectos físicos, mas também psicológicos. A cultura social contemporânea ensina ao indivíduo desde jovem, seja de forma explicita ou inconsciente, a ter como importantes objetivos de vida a disputa pelos recursos disponíveis e aspiração pelo poder.

Influenciado pela sociedade, o que normalmente o homem acaba buscando é uma felicidade projetada em cima daquilo que ele conhece e imagina ser os seus ideais de vida. Estes ideais são normalmente direcionados para aspectos materiais, fúteis, superficiais e voláteis. Tais objetivos jamais levarão o homem à plenitude, e farão com que ele inicie uma insaciável e infindável busca pelo prazer alternada por momentos de depressão e frustração. A suposta "felicidade" temporária gerada por estas conquistas rapidamente se apaga dando origem a uma nova meta da mesma natureza a ser alcançada.

Às vezes paramos pra pensar buscando onde erramos. A "falha" está na origem. Um bebê ou uma criança pequena só precisa de um simples gesto de amor e carinho para retribuir com um sorriso puro e radiante de felicidade. Por que será que o mesmo não ocorre com adultos, que supostamente são "crianças" mais evoluídas ?

Se nos tornamos as pessoas que somos hoje, cheios de defesas, angústias ou frustrações, ferindo sempre as pessoas que mais nos amam, insatisfeitos com as nossas vidas e em busca de algo que nunca temos, o que podemos concluir ?

Se um dia fomos criança, aquela essência continua dentro de nós, mesmo que adormecida. Cabe a nós reencontrá-la e resgatá-la.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Minha Origem em 30 linhas

Nasci. Quando percebi que existia me vi em um pequeno mundo sempre cercado de pessoas, adultos e crianças, onde o meu único objetivo e razão de viver era brincar.

Uma vez ou outra, eu parava pra pensar e falava comigo mesmo. Fazia de conta que retirava uma máscara do meu rosto, e a partir de então não estaria mais representando a peça que era a minha vida. Neste momento eu conversava com um ser oculto, que na verdade era a minha própria consciência. "Nós" discutíamos sobre todo aquele "teatro" e a minha participação no mesmo. Durante muitos anos a dúvida se a vida na Terra era ou não "real" me acompanhou (de certa forma ainda persiste até hoje).

Como achava que este mundo era irreal, o via como algo que não merecia ser levado muito a sério. Mas era interessante tentar analisá-lo e compreendê-lo.

Até então eu não conhecia relações humanas que não fossem o amor, carinho, afeto, compreensão, amizade e suas derivações. No máximo eu chateava a minha irmã e recebia umas palmadas.

Ao entrar para a escola comecei a perceber que algumas coisas estranhas que eu desconhecia existiam. Por motivos inexplicáveis  alguns colegas gostavam de implicar comigo. Eu não fazia a menor idéia do por quê. Mesmo em casa passei a presenciar algumas discussões familiares que para mim eram inaceitáveis e injustificáveis. Tais situações me marcaram profundamente, e fizeram com que eu me tornasse um indivíduo obcecado em tentar compreender as pessoas, o mundo, o universo.

E assim tudo começou…

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Caminho da Paz



Cultive a paciência nos momentos difíceis,  abstendo-se de agravar tribulações e problemas.

Não tente o coração alheio com promessas que não deseja e, nem possa cumprir....

~André Luis

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

CPMF - Eu NÃO Aprovo! (2a parte)

Agradeço ao amigo @nacirsales pela citação em seu programa da nossa causa contra o retorno da CPMF (#CPMFNAO).

O governo pretende voltar a nos entubar com este novo-velho imposto, agora com o nome de CSS (Contribuição Social para a Saúde).

Ao invés de nos extorquir através de medidas abusivas e impopulares, o governo deveria é reduzir a máquina pública, e por conseguinte o esdrúxulo déficit público que a anos temos que carregar nas costas.



CPMF EU NÃO APROVO por nacirsales no Videolog.tv.

Já ultrapassamos a marca de 8.500 colaboradores. Se você também quiser participar da nossa causa, aqui vai o link:



CPMF - Eu NÃO Aprovo!









"Even the smallest person can change the course of the future." ~J.R.R. Tolkien