Viajando no tempo,
aterrizei num momento,
onde tudo parou.
As árvores formosas,
abraçavam as folhas,
que tombavam no vento,
e voavam no tempo…
Que iam e vinham,
subiam e desciam,
mas nunca caiam.
Os olhos brilhantes,
cheios, vazios,
mirando o espaço,
nas sombras do tempo.
Fitando as cores,
dos olhares cruzados,
travessos, sonhados, roubados.
Revirando o passado,
as poeiras nos ventos,
triste, perdido, sonhado.
Recriando seu mundo,
unindo retalhos,
esquecidos no tempo,
infinito, vazio, profundo.
Pescando alegrias,
trocando palavras,
transpondo universos.
Nas entrelinhas do espaço,
surge um raio,
que faz arder o presente,
vivendo o passado.
O tempo dispara,
a noite se extingue,
mas o raio pulsante,
brilha no escuro.
A energia brota,
cresce,
distante do fim,
gera um impulso.
Em uma brecha de tempo,
surge um momento,
em que os olhos se encaixam,
e trocam as chamas,
que marcam e queimam.
Mas nas trilhas da vida,
foram traçados caminhos,
forjados nas pedras.
Aprisionadas no tempo,
imunes ao vento,
resistentes às chamas.
O dia se acaba,
mas a marca se crava,
nas profundezas da alma.
Na esperança de um dia,
a semente brotar,
crescer, florescer, geminar.